O nó do afecto
Era uma reunião de pais, numa escola da periferia, a directora incentivava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível. Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam dispor de algum tempo para dedicar às crianças.A directora ficou surpresa quando um pai s se levantou e explicou, com o seu jeito humilde, que ele não tinha tempo para falar com o filho, nem vê-lo durante a semana. Quando saía para o trabalho era muito cedo e o filho ainda estava a dormir. Quando voltava era muito tarde e o garoto já não estava acordado. Explicou ainda que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Confessou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava redimir-se indo beijá-lo todas as noites, quando chegava a casa. E para que o filho soubesse da sua presença ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó sabia, através dele, que o pai tinha lá estado e o havia beijado.
A directora emocionou-se com aquela história singela. Também ficou surpresa quando constatou que o filho daquele pai era um dos melhores alunos da escola.
As crinças podem não entender o significado de muitas palavras mas sabem registar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja apenas um nó. Um nó cheio de afecto.
Autor anónimo
Seria muito bom que todos os pais dessem um nó afectivo no lençol dos seus filhos.
Seria muito bom que, todos os dias, fosse dado um nó afectivo no lençol do nosso próximo.
11 Aromas:
14 março, 2006 13:44,
mixtu e o seu perfume...
Esta história é muito bonita, e se verdadeira...
A vida moderna é muito complicada, principalmente nas grandes cidades como Lisboa e Porto, atrevo-me a dizer: felizes dos que não vivem nas grandes cidades...
jinhos, Mena
14 março, 2006 13:52,
Joana e o seu perfume...
Mena, Amiga...
fiquei a ler-te e a emocionar-me (tal como a directora).
É verdade, esta história também me levou a uma viagem pelo meu passado...fiquei arrepiada. Talvez seja por isto que sou tão dedicada aos meus sobrinhos...quero que eles se sintam amados SEMPRE, e nem sempre isso está directamente relacionado com a forma como o demonstramos!
Beijinho grande e obrigada pelas palavras, por esta partilha tão rica...
Continuação de boa semana
14 março, 2006 15:12,
Anónimo e o seu perfume...
Olá minha Mena
Adorei este belissimo nó cheio de afecto,cheio de amor,cheio de sabedoria!!Nos tempos de correria que se vive toda a gente se esquece de como é simples o amor,de como a vida é feita de pequenos grandes gestos ou momentos,a começar na nossa casa com aqueles que nos são mais preciosos,que mais amamos.
Eu não tenho filhos,mas acho que amar um filho deveria ser algo tão natural como respirar.Não estou a dizer que é facil preparar-los da melhor forma possivel para a vida(deve ser mesmo muito complicado),mas ama-los e dar-lhes esta certeza,esta segurança?!
As crianças também não crescem num dia,e este tal nó afectivo,este nó de amor que os pais tentam construir todos os dias é feito de pequenos gestos que se calhar,talvez não ocupem tanto tempo como isso,pena que nem toda a gente se lembre disso...
Um grande beijinho e carinhoso beijinho pleno da amizade de sempre para ti,teu rei,e vosso filhote
14 março, 2006 18:24,
Anónimo e o seu perfume...
Bonita história esta, Mena!
Que bom que era, que todos os pais soubessem passar este afecto tão importante, aos seus filhos!...
Um beijo para ti e continua a dar os teus nós de afecto... *****
Lu Costa
14 março, 2006 18:28,
greentea e o seu perfume...
conheci uma mãe sozinha com um filho então com 4 anos. O pai deixara-a qd estava grávida de 7 meses para ir viver com a melhor amiga dela.
Para sobreviver e sustentar e ducar melhor o filho foi trabalhar ppor turnos, chegando por vezes a casa às 2h da manhã ou saindo às 6 h para entrar em Lisboa às 8h.
O menino ia para a ama. Muitas vezes trouxe-o para minha casa onde jantava e dormia e no outro dia ia para a escola. O João só viu uma vez o pai e nesse dia o pai disse-lhe q fosse embora e q só falaria com ele aos 21 anos. O João tem agora 18 anos, é um dos melhores alunos da escola, um excelente rapaz e diz q nunca mais quer falar com o pai...
14 março, 2006 20:02,
Anónimo e o seu perfume...
"Nós"...E os Nós..."Nós" K temos,"Nós" k damos, amor e afecto nos Nós k apertamos, e qdo soltamos os Nós k fizemos não nos separamos....Porque não desatamos os Nós k Trazemos!
Obrigada Mena por esta bela história, verdadeira ou não, li e reli, e sinto sempre um Nó de emoção!
Beijinho embrulhado de Nó atado!
14 março, 2006 22:25,
Rosmaninho e o seu perfume...
Flor
Este nó foi o coração, daquele pai, a falar. Um simples gesto para comunicar com o filho. Um simples nó...
Deixei aqui este texto com a intenção, também, de todos reflectirmos sobre as muitas maneiras de nos fazermos presentes na vida dos outros, sejam nossos filhos, nossos pais, outros familiares, amigos...
Mixtu
Há inúmeras maneiras de se comunicar com os filhos, de nos fazermos presentes...
João, meu filho, tem 19 anos, o pai sai de casa às 7h e regressa meio dia depois e... o João sempre sentiu a sua presença.
Lisboa, Porto e outras grandes cidades... às vezes, são desculpas...
Joana
Que felizes deverão ser os teus sobrinhos por te terem como tia!
Simples gestos valem muito mais que desculpas vazias.
Carminho
O amor é tão simples! Tão fácil!
Basta ouvir-se a linguagem do coração... Essa, não é de palavras, não é gestual, é a linguagem dos sentimentos.
Lurdes
É tão frequente ouvir-se: Não sei o que hei-de fazer ao meu filho, dou-lhe tudo e mesmo assim tenho imensos problemas com ele.
Penso que só acontece porque falta dar o nó... o do afecto.
Greentea
Histórias parecidas à que descreves, infelizmente, existem em demasia.
O João, da tua história, não necessita de falar com quem só quer falar com ele aos 21 anos. Esse desconhecido não é pai, muito menos do João.
Pai é... um nó cheio de afecto.
Alfazema
Às vezes, só se dá o que se tem mas... já tenho presenciado pessoas que nunca tiveram carinho, amor, compreensão... de ninguém e são excelentes pais.
Aprenderam que só dando um beijo se cura o arranhão no joelho, o medo do escuro...
Celeste
Nós e os nós... Os nós que nós fizemos ficaram tão apertados que nada os desatará. São nós eternos, são nós de afectos...
A Todos desejo uma Boa Noite e...
Não se esqueçam de dar um nó afectivo no lençol dos vossos filhos, pais, familiares, amigos
~*Um beijo*~
14 março, 2006 23:43,
antónio paiva e o seu perfume...
.....coisas simples, sentimentos nobres, lições de vida.....
Beijeinho e noite serena AROMA
15 março, 2006 06:36,
Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! e o seu perfume...
Que lindo Rosmaninho.
Uma historia que nos enche de carinho.
Todos os pais gostam dos filhos, (salvo raras excepções), o que é...às vezes não há tempo de o demonstrar...come-se a correr, convive-se a correr, mas às vezes pequenos gestos, trazem muita felicidade para quem os recebe.
Por exemplo quando crescem...às vezes não dizemos "gosto tanto de ti", por serem grandes...mas o que é certo é que querem sempre ouvi-lo.
Um bom dia amiga
15 março, 2006 09:14,
antónio paiva e o seu perfume...
......só vim respirar aqui o AROMA.....
Beijinho e dia bonito!
16 março, 2006 04:16,
Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! e o seu perfume...
Bom amanhecer Rosmaninho
Um beijo
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