!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Rosmaninho: maio 2006

Rosmaninho

segunda-feira, maio 29, 2006

“Isto p’ró ano vem aí coisa boa. Preparemo-nos.”


Não tenho herdades nem tão pouco um metro quadrado de terreno mas…
O meu gosto pela terra e por tudo que ela me dá vem desde muito pequena.
Mexer, revolver, apanhar as ervas daninhas, sachar... são prazeres que tenho.
Sempre tive muita sorte com o que semeava, nos canteiros e nos vasos.
Bastava lançar as sementes, no meu “jardim”, dar-lhes um pouco de água, de adubo, de tempo, de carinho e era uma maravilha… tudo germinava.
Parece que é genético… com a minha mãe acontecia o mesmo.

Plantas de interior sempre as tive. Nem sempre se dão bem nos lugares onde as coloco, quando começam a ficar menos viçosas recupero-as na zona que lhe chamo de hospital - a marquise - tem clima tropical;).

Há quase dois anos, adquiri uma a que lhe dou o nome de” jarro”…
Esteve bem, durante 3 a 4 meses, depois começou a perder vida.
Vi-a sem recuperação possível e só porque tive muita pena não a deitei para o caixote do lixo. Coloquei o pouquíssimo que dela restava num vaso, meio "abandonado" e quase sem terra.
Por aquele vaso passaram uma Primavera, um Verão, um Outono e um Inverno…
No último mês de Março, comecei a notar que, para além da terra, havia uma pontinha de verde a surgir.
Julguei que fosse uma erva qualquer. No momento, até pensei que quando estivesse maior a arrancaria.
Continuei deitando-lhe água de igual forma que fazia às outras plantas.
Em Abril passado, para meu espanto, cresciam folhas verdes, aveludadas e luzidias que me convidaram a acarinhá-las, assim o fazia diariamente.
A semana passada, no meio do verde, nasceu uma flor.
~::~
“Isto p’ró ano vem aí coisa boa. Preparemo-nos.”

Alfazema
Esta frase deixada pela Alfazema, no meu último post, deixou-me pensativa.
Sei que se refere à profissão que exercemos, nobre como todas mas… um pouco ingrata, como todas…

Avaliação dos professores feita pelos pais - é o tema em questão.

Não receio a avaliação feita pelos pais. Há muito que sinto que me avaliam...
Quero é que todos, repito todos, os pais dos meus alunos colaborem na planificação das actividades que devo/devemos realizar com os seus filhos.
Só se pode avaliar o que se planifica.
Estou receptiva a uma avaliação, desde que esta se realize de forma recíproca.

Acredito que a alguns pais lhes seria aplicada uma multa, caso o Ministério da Educação começasse a pensar aplicá-la a quem não sabe ser pai/mãe.

Sucesso familiar = Sucesso escolar... é tão fácil esta fórmula!

sexta-feira, maio 26, 2006

Quinta-feira da Espiga


Ontem, ao percorrer os meus lugares, admirei-me de não ter observado ninguém com um ramo na mão... Fiz contas e mais contas...
Ainda disse para comigo - A Páscoa celebrou-se no dia 16 de Abril, 40 dias depois...só pode ser hoje, dia 25 de Maio a Quinta-feira da Espiga.

Lembro-me que neste dia íamos, em grupo, para o campo e era uma festa... Levávamos o lanche, percorríamos lugares onde se encontravam os elementos necessários para compormos um ramo e assim, assinalávamos o momento da plenitude da natureza e do amadurecimento da espiga.
Depois...o ramo era guardado até ao Dia da Espiga do ano seguinte, geralmente pendurado no interior de nossa casa.

Este ano, o trigo, sinal de fartura de pão, não encontrei.
Mas... papoilas ( sinal de amor e vida), oliveiras (símbolo de luz e paz), videiras( sinal de vinho e alegria) rosmaninho ( para dar saúde e força) e malmequeres (sinal de riqueza, ouro) foram vistos em abundância.

Ainda pensei apanhar papoilas, malmequeres, um raminho de oliveira, um esgalho de videira com cacho em formação, um pé de rosmaninho ou de alecrim, algumas espigas de trigo, tudo em números ímpares para dar sorte :).
Acabei por não o fazer por pensar que as contas feitas estavam erradas e também porque nenhum dos muitos caminhantes, que encontrei, trazia consigo sinais de Quinta- feira da Ascensão...

Aos poucos vão-se perdendo muitas das tradições...

segunda-feira, maio 22, 2006

Um intervalo agora...


Intervalo
Intervalar ideias
No correr da vida
É libertar cadeias
Não perder corrida
Assim, num intervalo
Interrogar o mundo
É irmos num cavalo
E ver o sol ao fundo
É ter no sangue vento
Ouvir o mar na pele
O pensamento
É carrocel
E só por um momento
Sermos como heróis
No intervalo
O resto vem depois
E procurar a tua companhia
Cantinho de carinho de nós dois
É a alegria
É cantar o amor
É dançar dia a dia
Ou pintar uma cor
É sonhar poesia
Esculpir uma flor
É teatro, é magia
É cinema, sabor
Uma fotografia
Ou um livro qualquer
É criar harmonia
Aprendendo a viver
...
É só isto a alegria
É cantar o amor...
Carlos Paião
Letra e música

quarta-feira, maio 17, 2006

Ocasião única

Só passarei por este mundo uma vez.
Assim, todas as boas acções que possa praticar, todas as gentilezas que eu possa dispensar a qualquer ser, devo aproveitar este momento para fazê-lo.
Não devo adiá-lo nem esquecer-me delas, pois não voltarei a passar por este caminho.

Sabedoria Oriental

segunda-feira, maio 08, 2006

Estranho comportamento...


Desde fins de Março que percorro os lugares do rosmaninho tentando ouvir o cuco.
É uma ave que sempre me despertou a curiosidade, pelo seu estranho comportamento...
Em criança e jovem, algumas vezes, quando passeava pelos campos, parecia que ouvia o seu cu-cu...nunca tive o prazer de o conhecer ao vivo e a cores.


O cuco é mesmo estranho!...
Não constrói ninho.
A fêmea põe os ovos nos ninhos de outras aves, parece-me que em cada ninho coloca um ovo, retirando um dos que lá encontra.
No momento de eclodir, o jovem cuco manda para fora todos os outros ovos.
Assim é "adoptado", forçosamente, e durante cerca de vinte dias recebe toda a atenção da "mãe".
Depois...parte à sua vida...

Com sorte, foi-me dito por um pastor, pode-se ouvir o cuco neste lugar...
É um "Chico esperto", assim o chamou.
Tem razão, este guardador de rebanho!

domingo, maio 07, 2006

Mãe



Todos os dias são dias de agradecer, são dias de recordar...
Todos os dias o faço à minha querida Mãe... hoje é só mais um...

A todas as mães, que por aqui passam e não só, deixo um beijo... em especial à avó e tias do meu filhote, à mãe da Carminho, à Lena, à Celeste, à Isabel, à Laurindinha, à Leta...
Sei o quanto os vossos filhos vos amam. Sei o quanto sois Mães!

~*Um beijo*~





quarta-feira, maio 03, 2006

Maio...maia...maios...


No 1º dia de Maio, procurei ilustrar com imagens colhidas, nos meus lugares, algumas recordações de infância mas… pouco encontrei.
Aqui e ali... um piquenique.

De maia ou maios, nem um…
A maia era uma boneca muito bem vestida, do tamanho de uma pessoa, que era colocada à janela de um solar, situado na margem do Arade, à entrada de Silves, perto da ponte.
Era colocada por um professor e pintor, Samora Barros, dono desse solar, no 1º dia de Maio.
Recordo que a primeira coisa que fazia nesse dia, em criança e jovem, era subir à minha varanda para ver a maia à janela.
Nunca soube o seu significado. Penso que talvez fosse para celebrar o 1º dia do mês em que a Natureza atinge a sua plenitude…

No 2ºdia, tentei obter imagens de quem muito trabalha… em comunidade.
As abelhas, como espécie animal, trabalham que se fartam.
Percorri os lugares onde várias comunidades se encontram. Aproximei-me de algumas colmeias. Até aos 20 metros, foi fácil ver o trabalho que as obreiras realizam mas… a uns 10 metros de distância, não tive licença de colher imagens… fui “atacada”, sempre da mesma forma, por mais tentativas que fizesse e em diferentes momentos. Ainda hoje, oiço o zumbido da(s) abelha(s) que se metiam (parece-me) nos cabelos. Atacada e perseguida, como que a ser expulsa daquele território, não tive outro remédio... afastei-me e não penso lá voltar:):).

Nesse mesmo dia, apercebi-me que as romãzeiras e as oliveiras já estão em flor, as videiras e as figueiras já apresentam os seus frutos.

Nestes percursos, como companhia, tive a música das andorinhas, rolas, melros e outros passaritos.

Várias borboletas… amarelas, brancas com pintinhas pretas, castanhas, alaranjadas… brincavam à minha frente como que a desafiar-me a correr atrás delas, ainda tentei apanhá-las, em imagem, mas… trocaram-me sempre as voltas.

Como são livres! As abelhas, as borboletas e os passarinhos…


 
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Rosmaninho agradece a sua visita.(Tente clicar nas fotografias)